Doença mão-pé-boca: Saiba o que é e quais os cuidados a ter!

A doença mão-pé-boca (DMPB) é mais comum do que possa pensar. Neste artigo, explicamos-lhe em que consiste esta síndrome e quais os principais sintomas a que deve estar atento. Damos-lhe ainda conta de algumas formas de tratamento e cuidados para evitar o contágio.
O que é a doença mão-pé-boca?
Mão-pé-boca é a designação atribuída a uma infeção viral. Integrada nos grupos virais Coxsackie ou Enterovírus, esta doença pode ser transmitida por contacto interpessoal, ingestão de alimentos ou toque em objetos.
As crianças nos primeiros 5 anos de vida são o alvo preferencial, dada a imaturidade dos seus sistemas imunitários. No entanto, também os adultos podem ser afetados, ainda que com menor veemência.
Sem sazonalidade associada, a doença mão-pé-boca surge com maior incidência no outono, fruto da transitoriedade da temperatura e mudança de rotinas. A infeção pode ocorrer em ações absolutamente vulgares. Apertar a mão ou beijar alguém infetado, contactar com secreções resultantes de espirros ou tosse ou beber água contaminada são alguns exemplos.
Tal como o nome sugere, a DMPB pode ser observada na forma de erupções e feridas nas mãos, nos pés e na boca. Na via oral, as manchas de tom vermelho e de pequena extensão vão-se proliferando na língua e no interior dos lábios ou das faces. Numa fase posterior, transformam-se em bolhas que se assemelham a aftas. Existe a possibilidade de a doença se propagar para as zonas periféricas dos membros superiores e inferiores.
Geralmente, os sintomas surgem entre 3 a 6 dias após a exposição ao vírus. Os sinais mantém-se, em média, por 10 dias.
Principais sintomas da doença mão-pé-boca
Os sintomas da doença mão-pé-boca manifestam-se dentro dos moldes recorrentes de uma virose. Por isso, é natural que a ascensão da temperatura corporal aos 38 ºC e as dores de garganta surjam ainda num momento inicial.
Após estes dois indícios, poderão aparecer mal-estar físico, vómitos, náuseas e diarreia. Frequentemente, surgem também ausência de apetite, aumento da salivação e manchas avermelhadas nas mãos e nos pés.
Os cuidados a ter e o tratamento possível
Atendendo à multiplicidade de formas de contaminação e à fragilidade das crianças, os cuidados de higiene devem ser escrupulosamente cumpridos. Se estiver próximo de alguém infetado, antes de qualquer ação, as mãos têm de ser lavadas corretamente.
O vestuário e os lençóis constituem uma forte fonte de contaminação. Como tal, devem, desejavelmente, ser substituídos e lavados diariamente. É recomendável que as pessoas contaminadas permaneçam em casa, idealmente em repouso, dada a possibilidade real e expectável de contágio.
A criança portadora pode e deve ser encaminhada para um pediatra, a fim de efetuar um diagnóstico preciso e definir diretrizes para o tratamento. Em situações inconclusivas, este pode solicitar a realização de exames complementares. Por norma, os pacientes são submetidos a análise às fezes, secreções da garganta ou lesões da pele para aferir inequivocamente a tipologia da infeção.
Para prevenir o agravamento dos sintomas, recomenda-se o recurso a anti-inflamatórios e/ou analgésicos e um cuidado redobrado com a hidratação.
Não existe qualquer tipo de vacinação ou tratamento específico capaz de solucionar irreversivelmente a doença mão-pé-boca. É natural que a infeção termine subitamente, não provocando dificuldades acrescidas. Com o decorrer do tempo, pode surgir novamente.
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